De acordo com uma nova matéria do The Washington Post, a Apple (bem como o Google, no Android) manteve na App Store dezenas de aplicativos de empresas sancionadas pelo governo dos Estados Unidos — o que configuraria uma violação da lei do país.
Segundo a reportagem, tais apps estão geralmente associados a acusações de má conduta, e incluem bancos russos colocados sob sanção após a invasão do país à Ucrânia, uma empresa chinesa de construção na repressiva Xinjiang e um banco ligado aos houthis no Iêmen.
A lista com os apps em desacordo com sanções foi formada pelo Tech Transparency Project (TTP), que encontrou 52 apps irregulares na App Store — 17 já removidos durante a execução da pesquisa e mais 18 após a Apple (que afirmou não concordar que todos eles eram irregulares) ser contactada pelo WP.
Bancos russos burlam sanções na App Store com “Cavalos de Troia”
João Vitor Sales Zaidan12/02/2024 • 18:18Uma das estratégias usadas por esses softwares é mudar o nome discretamente para driblar a regulação das lojas, mas a Apple poderá sofrer sanções por ter concordado, em 2019, em melhorar a detecção de entidades sancionadas em apps com pequenas variações de nome.
Isso ocorreu porque a Maçã enviou pagamentos de vendas da App Store, por dois anos, para uma empresa sancionada por ligações com um grande fornecedor de drogas ilegais. Na época, a Maçã fez o acordo supracitado para escapar de uma multa de mais de US$70 milhões.
De acordo com o WP, a Apple não comentou esse histórico, mas advogados disseram ao jornal que a reformulação adotada pela empresa não é à prova de falhas e isso pode colocá-la sob uma vigilância mais rigorosa.