Além de representar o início de uma nova era para a Apple em termos de design, o ano de 2025 também marcou o fim da linha para muitos dos produtos da empresa, que foram substituídos por versões mais atualizadas ou simplesmente descontinuados para (provavelmente) nunca mais voltarem.
Entre as baixas do ano, tivemos dispositivos móveis, computadores (desktops e laptops) e inclusive alguns acessórios bastante populares, além de elementos de design como botões, materiais e até conectores.
A seguir, vamos dar olhada em tudo o que a Apple escolheu deixar em 2025 para começar o ano que se aproxima com uma linha de produtos renovada. Bora lá?
Os iPhones que ficaram pelo caminho
Comecemos pelo que há de mais óbvio: os iPhones 16 Pro e 16 Pro Max — smartphones topos-de-linha da Apple lançados no final de 2024.
Como a maioria de vocês já deve saber, a Maçã tem o costume de descontinuar por completo os seus flagships do ano anterior para priorizar os seus carros-chefe mais recentes, que no momento são os iPhones 17 Pro e 17 Pro Max.

Essa despedida também marcou o fim (pelo menos por enquanto) do titânio como o material de acabamento dos iPhones mais caros, que ostentaram esse metal por apenas dois anos após a sua introdução nos iPhones 15 Pro e 15 Pro Max, de 2023.
Embora a Apple nunca tenha confirmado nada, tudo indica que isso aconteceu por conta das inúmeras reclamações de superaquecimento envolvendo essas duas últimas gerações dos iPhones topos-de-linha — problema que teria a ver com performance ruim do titânio quando o assunto é dissipação de calor.
A introdução da linha iPhone 17 também colocou um fim nas vendas dos iPhones 15 e 15 Plus, abrindo espaço para o modelo de entrada deste ano e para o iPhone Air, que assumiu o aparentemente amaldiçoado posto de “quarto iPhone da linha”, atormentado por vendas fracas desde a introdução do iPhone 12 mini, em 2020.

Por fim, tivemos a introdução do iPhone 16e, que substituiu outro modelo muito tradicional na linha de produtos da Apple: o iPhone SE (neste caso, o de terceira geração). Ele também suplantou os iPhones 14 e 14 Plus, presentes na linha desde o fim de 2022.
Embora não carregue o mesmo sufixo, o iPhone 16e herda muitas das características de seu antecessor espiritual, como o design mais defasado em relação ao resto da linha e o número menor de recursos — embora conte com um chip que, na época de seu lançamento, era um dos mais poderosos que a gigante de Cupertino poderia oferecer: o A18.

O fim do iPhone SE, é claro, representa a despedida definitiva do antigo botão de Início (que também abrigava a última aparição do Touch ID entre iPhones) e da boa e velha porta Lightning. Ele também foi o último iPhone a contar com uma tela LCD 1, bem como o antigo design com bordas avantajadas nas partes superior e inferior do display.
Já os iPhones 14 foram os últimos modelos da linha principal lançados pela Apple com o famigerado notch — entalhe que abrigava os sensores da câmera TrueDepth —, além de também ostentarem portas Lightning.

iPads e seus upgrades incrementais
Além de ser bem mais enxuta, a lista de iPads tirados de linha pela Apple em 2025 também passa longe de carregar o mesmo simbolismo que a lista de iPhones descontinuados, priorizando mudanças mais discretas.
O ano de 2025 começou logo com duas baixas de uma só vez: o iPad de décima geração e o iPad Air (M2), que foram substituídos por tablets quase idênticos com os chips A16 Bionic e M3, respectivamente.

Lançado em 2022, o iPad de décima geração foi o primeiro modelo de entrada a contar com a linguagem de design introduzida pelos iPads Pro em 2018, caracterizada pelas laterais achatadas e a tela com bordas simétricas (e bem mais enxutas).
Apresentado apenas dez meses antes do seu sucessor, o iPad Air (M2) foi o primeiro dessa linha intermediária a contar com uma versão de 13 polegadas, colocando-o em pé de igualdade (pelo menos quando o assunto é tamanho de tela) com o iPad Pro. Ele também herdou características como a câmera de selfies na horizontal e os recursos Palco Central (Center Stage) e Cursor do Apple Pencil (Apple Pencil Hover).

Mais recentemente (e fechando essa lista) tivemos os iPads Pro de 11″ e 13″ com o chip M4, que foram suplantados por novas versões com o chip M5. Ao contrário dos modelos supracitados, ele representou sim uma mudança de paradigma para a linha, apostando em um design ultrafino (5,1mm) que eventualmente foi dar as caras no badalado iPhone Air.
Eles também foram os primeiros iPads a contar com uma tela OLED 2, chamada pela Apple de Ultra Retina XDR, e uma câmera de selfies na horizontal, além de vir com uma nova opção de vidro fosco (nano-texture).

O tempo acabou para esses Apple Watches
Ao contrário dos últimos anos, em 2025 a Apple atualizou todos os relógios da sua linha de smartwatches, tirando de linha os modelos antigos.
Isso inclui, é claro, os Apple Watches Series 10 e Ultra 2, bem como o Apple Watch SE de segunda geração, que estava à venda desde 2022.



Enquanto o Series 10 trouxe o redesign mais significativo para o smartwatch da Maçã desde o Series 4, com novos tamanhos de caixa (42mm e 46mm), o Ultra 2 introduziu apenas melhorias pontuais, como a troca do chip S9 pelo S10.
O SE de segunda geração, por sua vez, chegou com novas cores, uma traseira feita de cerâmica, um chip novo (trocou o S5 pelo S8), o recurso Detecção de Acidente (Crash Detection), entre outras melhorias.
Os Macs que disseram adeus
Assim como aconteceu com os Apple Watches, a lista de computadores descontinuados pela Maçã é relativamente pequena, trazendo apenas três modelos.
Os primeiros a passar por uma reformulação foram os MacBooks Air (de 13″ e 15″), que ganharam versões com o chip M4 em março. Isso significou a morte dos modelos com o chip M2, lançados em 2022, e com o chip M3, introduzidos no início do ano passado.

Os MacBooks Air com o chip M2 marcaram a época ao introduzir uma nova linguagem de design para a linha de laptops mais acessível da Maçã, além de se tornarem os primeiros a contar com uma versão de 15″. Já os modelos com o chip M3 trouxeram apenas melhorias incrementais, como o chip atualizado e a adoção do Wi-Fi 6E (ante ao Wi-Fi 6). Mais tarde, ambos também foram os primeiros a abandonar a configuração com 8GB de memória integrada, considerada ultrapassada há alguns anos.
O Mac Studio também passou por um tratamento parecido, tendo recebido os novíssimos chips M4 Max e M3 Ultra depois de passar um tempo com os chips M2 Max e M2 Ultra como suas únicas opções de processadores. Fora isso, como sabemos, pouco mudou, com o modelo mais recente também recebendo novidades em termos de conectividade.

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Outros produtos
A Apple também promoveu mudanças em linhas de produtos menos importantes ou mais enxutas, incluindo a mais recente delas: a família Apple Vision Pro.
Atualmente com apenas um integrante, a primeira geração do headset de realidade mista, equipada com o chip M2, deu as boas-vindas para a sua segunda geração, empurrada pelo bem mais poderoso M5.

Lançado no início do ano passado em meio a uma enorme comoção, o Vision Pro (M2) foi um grande aprendizado para a Apple, que começou a corrigir alguns de seus principais problemas na segunda geração do headset, como evidenciado pela nova alça que tenta balancear melhor o seu peso excessivo.
Outro produto que disse adeus foram os AirPods Pro 2, lançados em 2022 (na época, ainda com entrada Lightning no estojo de carregamento). Muito elogiados pela sua qualidade sonora balanceada, foram eles que estrearam o chip H2, que segue sendo usado pela Apple nos AirPods Pro 3.

Por fim, temos alguns acessórios, como o Carregador MagSafe. Assim como muitos outros produtos dessa lista, ele recebeu apenas mudanças pontuais, tornando-se compatível com o padrão Qi 25W, mais moderno.

Fecham a lista três itens bem menos interessantes, mas que não deixam de simbolizar o fim de muitas eras: o cabo Lightning para 3,5mm da Apple, o adaptador de parede USB-C de 30W da empresa e o Conversor de MagSafe para MagSafe 2 (este, vendido há mais de uma década).
Vale sempre lembrar que, embora os dispositivos supracitados tenham sido descontinuados, ainda é possível encontrar muitos deles em lojas do varejo — coisa que deverá mudar à medida que os estoques forem ficando mais escassos.
O fato de eles terem tido a sua fabricação cessada também não afetou em nada o suporte oferecido pela Apple em matéria de software — os iPhones 16 Pro e 16 Pro Max, por exemplo, continuarão recebendo novas versões do iOS por muitos anos a fio.
E você, tem ou teve algum desses produtos? Vai sentir falta deles? Comente!