Montar um computador potente nem sempre exige que você estoure o limite do cartão de crédito com hardware de última geração. No mercado de tecnologia, o ciclo de atualizações é tão veloz que peças excelentes acabam indo parar em sites de revenda por uma fração do preço original, muitas vezes em estado de conservação impecável.
No entanto, o segredo para um bom “PC de segunda mão” não é apenas o preço baixo, mas saber quais componentes envelhecem como vinho e quais são uma bomba-relógio. Se você quer economizar sem sacrificar a estabilidade do seu sistema, o mercado de usados pode ser o seu melhor amigo.
4 peças usadas de PC que valem a pena investir
Ao garimpar componentes, o foco deve estar na durabilidade física e na ausência de partes móveis que sofrem desgaste mecânico. Abaixo, listamos as melhores escolhas baseadas em longevidade e custo-benefício.
1. Processadores (CPUs)
O processador é, curiosamente, uma das peças mais resilientes de um computador. Como não possuem partes móveis e são projetados para suportar altas temperaturas por anos, é muito raro encontrar uma CPU que “simplesmente pare de funcionar” sem que tenha sofrido um dano físico visível (como pinos tortos).
De acordo com o XDA Developers, comprar uma CPU usada é uma das formas mais seguras de economizar, desde que você verifique a integridade física dos contatos.
2. Memória RAM
A memória RAM segue a mesma lógica da CPU: se ela passar nos testes iniciais de inicialização, as chances de apresentar problemas no futuro são mínimas. Além disso, muitos fabricantes oferecem garantia vitalícia para seus pentes de memória, o que muitas vezes se estende ao segundo dono. É um componente passivo que raramente falha por estresse, tornando-se um item de baixíssimo risco no mercado de usados.
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3. Gabinetes
Por que pagar o preço cheio em uma caixa de metal e vidro? O gabinete é puramente estrutural e estético. Desde que as conexões do painel frontal (USB e áudio) estejam funcionando e não existam amassados graves que comprometam o fluxo de ar, um gabinete usado cumpre exatamente a mesma função de um novo. É o item onde a depreciação de preço é mais agressiva, garantindo ótimos negócios para quem não se importa com pequenos arranhões invisíveis.
4. Placas de vídeo (GPUs)
A GPU é o item mais desejado e, ao mesmo tempo, o que exige mais cautela. Vale a pena comprar usada? Sim, especialmente se for de gerações recentes (como as séries RTX 30/40 ou RX 6000). A economia aqui pode chegar a 40% em relação ao modelo lacrado.
O segredo é solicitar testes de benchmark e verificar as temperaturas de operação para garantir que o sistema de resfriamento ainda está saudável. Placas de vídeo são robustas o suficiente para durar muitos anos, mesmo após uso intenso.
Onde não economizar: o que deve ser comprado NOVO
Embora o mercado de usados seja tentador, existem peças que você deve, obrigatoriamente, adquirir novas: a Fonte de Alimentação (PSU) e as unidades de armazenamento (SSDs/HDDs). A fonte é o coração do PC; componentes internos como capacitores degradam com o tempo e uma falha pode queimar todas as suas outras peças. Já os SSDs possuem um ciclo limitado de escrita de dados; comprar um usado significa herdar um produto que está mais próximo do seu fim de vida útil, além do risco óbvio de perda de dados preciosos.
Além dessas, placas-mãe e sistemas de resfriamento líquido (Water Coolers) também são recomendados como compras “zero quilômetro”. A placa-mãe possui trilhas complexas e sensíveis que podem apresentar microfissuras difíceis de detectar, enquanto os Water Coolers têm bombas que podem falhar ou fluidos que podem evaporar, tornando o investimento em um item usado um risco desnecessário para a segurança do seu hardware.
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