Caoa Changan se espelha na GWM para brilhar no Brasil; entenda

A Caoa Changan, aliança que nasceu da união do grupo Caoa com a gigante chinesa fabricante de carros elétricos, está prestes a iniciar sua história no Brasil. Para se dar bem em um mercado cada vez mais competitivo, a estratégia é clara: “copiar” outra marca asiática que já se consolidou por aqui; a GWM.

Em entrevista ao Autoesporte, Carlos Philippe Luchesi de Oliveira Andrade e Carlos Alberto de Oliveira Andrade Filho, filhos do presidente da Caoa, hoje principais executivos da empresa no Brasil, revelaram como pretendem impulsionar a Changan por aqui. E admitiram inspiração na estratégia da rival.

A ideia principal, segundo a dupla, é ter uma linha de produtos diversificada e dividida em submarcas. Atualmente, a GWM trabalha no Brasil com quatro “selos” distintos: Ora, Haval, Tank e Poer. A Caoa Changan terá expediente parecido.

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Na China, a parceira comercial da Caoa trabalha com cinco submarcas: Avatr (que já está testando carros no Brasil), Deepal, Changan Uni, Changan Nevo e Changan LCV. Quais delas, além da luxuosa Avatr, chegarão por aqui, por enquanto seguem em segredo.

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Caoa Changan terá produção nacional

Outro ponto que será “copiado” da GWM para fazer da Caoa Changan uma força no mercado automotivo brasileiro será a nacionalização de alguns carros do portfólio. O local, aliás, já está mais do que definido: Anápolis, em Goiás, de onde saem os carros sino-brasileiros de outra parceira da Caoa, a Chery.

A Caoa almeja produzir 100 mil carros por ano no local e, com a combinação das duas parceiras (Chery e Changan), abocanhar uma fatia de 8% do mercado brasileiro já a partir de 2026.

Para isso, fará investimentos de modernização e ampliação da planta goiana, que também servirão para abrigar os novos Tiggo 5X (HEV), Tiggo 7 e Tiggo 8, ambos com motorização híbrida plug-in (PHEV).

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E os carros da Caoa Changan? Eles também começarão a sair da fábrica em Anápolis a partir de 2026. Três modelos já estão confirmados, mas os nomes não foram divulgados. O primeiro deve chegar ao mercado no próximo ano, e os outros dois a partir de 2027, em um investimento que deve beirar os R$ 2 bilhões.

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