A Microsoft anunciou oficialmente que os planos do Microsoft 365 terão aumentos de preço a partir de 1º de julho de 2026. O reajuste afetará clientes comerciais, setores públicos, governos e até organizações sem fins lucrativos, estas últimas por terem seus valores atrelados diretamente às tabelas comerciais.
Segundo a empresa, o motivo está no pacote crescente de novos recursos de segurança, gerenciamento de TI e inteligência artificial, especialmente ligados ao Microsoft Copilot, que vem sendo integrado a praticamente todo o ecossistema Office.
A justificativa apresentada é que as empresas enfrentam um cenário de ameaças cada vez mais complexo e demandam ferramentas de produtividade impulsionadas por IA. Para atender a essas necessidades, a Microsoft afirma estar “expandindo as capacidades de suas ofertas com segurança e gestão assistidas por IA” o que, naturalmente, se reflete no preço.
Quais planos vão subir
Nem todos os valores serão alterados, mas boa parte das assinaturas sofrerá reajustes relevantes:
- Business Premium permanece em US$ 22 por usuário/mês;
- Business Standard sobe de US$ 12,50 para US$ 14;
- Business Basic passa de US$ 6 para US$ 7.
Os aumentos mais expressivos estão concentrados nas licenças voltadas para trabalhadores de linha de frente:
- Microsoft 365 F1 vai de US$ 2,25 para US$ 3 — uma alta de aproximadamente 33%;
- Microsoft 365 F3 sobe de US$ 8 para US$ 10.
Planos corporativos mais avançados, como Office 365 E1/E3 e Microsoft 365 E3/E5, também terão reajustes, embora os percentuais variem conforme o pacote e a região. A Microsoft informou que aumentos acima de 10% em contratos governamentais serão aplicados gradualmente ao longo dos próximos anos para evitar impactos abruptos.
O reajuste será global, com ajustes locais por mercado. Organizações sem fins lucrativos seguirão a mesma proporção de aumento que os contratos comerciais, já que seus descontos são baseados em percentuais fixos.
A Microsoft afirma ter divulgado as mudanças com bastante antecedência para permitir planejamento financeiro por parte dos clientes. Ainda assim, para empresas de médio porte e equipes distribuídas, o aumento pode representar um impacto considerável no orçamento anual.
A influência direta da IA
Grande parte da pressão por reajustes vem da expansão acelerada do Microsoft 365 Copilot, o assistente de IA incorporado ao Word, Excel, PowerPoint, Outlook e OneNote. O recurso passou a oferecer:
- Chat unificado dentro dos aplicativos do Office;
- Capacidade de entender e cruzar informações do calendário e do e-mail;
- O novo “Agent Mode”, permitindo a criação iterativa de documentos e planilhas;
- Controles administrativos corporativos para gerenciar, proteger e mensurar o uso da IA.
Além disso, ferramentas de segurança avançada estão sendo incluídas sem custo adicional em diversos planos. Entre elas está a integração do Microsoft Defender for Office Plan 1 nos pacotes E3, aumento de verificações automáticas de URLs em planos básicos e novos módulos de gerenciamento do Microsoft Intune, como o Remote Help, o Advanced Analytics e o Plan 2.
Para grandes empresas, a suíte E5 também conta com novos recursos de mitigação de riscos ligados ao uso de IA, certificados em nuvem e controles de privilégios em endpoints.
Um padrão mais frequente de reajustes
O último grande aumento do Microsoft 365 aconteceu em 2022, na época descrito como o primeiro reajuste em uma década. Agora, quatro anos depois, a empresa sinaliza uma postura mais agressiva em revisões de preço, acompanhando sua forte aposta em IA.
No início de 2025, assinantes pessoais e familiares também receberam avisos de reajustes devido à integração do Copilot nesses planos, com a possibilidade de remover a IA (e reduzir o custo) sendo considerada pouco transparente por parte de alguns usuários.
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