Em um ano de 2025 repleto de novidades tecnológicas barulhentas, o Linux Mint seguiu o seu caminho característico: não anunciou revoluções, mas continuou a fazer o que sempre fez de melhor com uma maestria que, para muitos, foi redescoberta. Conversas na comunidade revelaram um sentimento crescente de reconhecimento e valorização por essa distribuição que, em sua constância, oferece uma das experiências mais sólidas e prontas para uso no ecossistema Linux.
A filosofia do projeto, refletida diretamente pela liderança de Clement Lefebvre, sempre foi preferir a estabilidade ao que é novo pela novidade. Enquanto outras distribuições correm para integrar as últimas versões de softwares ou ambientes de desktop, o Mint adota uma abordagem mais cuidadosa. Isso fica evidente no desenvolvimento da migração para o Wayland, que ainda é tratado como experimental no Cinnamon. A equipe prefere fazer devagar e bem feito, para que quando a transição for completa, o usuário nem perceba, ela simplesmente funcionará.
E ao colocar essa filosofia à prova em situações reais, os resultados surpreendem. A instalação é direta: ou ele funciona perfeitamente out of the box, ou claramente não funcionará naquela configuração. Não há meio-termo de “quase lá” que force o usuário a ficar caçando soluções em fóruns. Em máquinas modernas que exigem o uso do Secure Boot para um dual boot com Windows 11, o Mint se destaca como uma das poucas distribuições a lidar com tudo isso de forma nativa e guiada, com diálogos claros que conduzem o usuário. Essa é a definição de um sistema “pronto”.
Linux Mint para todos
Essa previsibilidade se traduz em duas grandes vantagens: Primeiro, o apelo para quem não quer reaprender a usar o computador. O layout tradicional do Cinnamon, com seu menu no canto inferior esquerdo, área de notificação e gestor de arquivos acessível, é imediatamente familiar para qualquer pessoa que já usou Windows.
Em segundo lugar, essa constância o torna um “porto seguro” até mesmo para usuários experientes. É a distribuição para a qual se sabe que se pode voltar quando se precisa de um sistema que “simplesmente funciona”, servindo como base confiável para trabalho ou até mesmo como ponto de comparação para testar outras novidades mais experimentais.
Além da base sólida, o Mint brilha em detalhes de usabilidade. Seus softwares nativos são frequentemente subestimados, mas são exemplares. O Gestor de Atualizações é um dos melhores da categoria, com uma organização clara por níveis de segurança e importância que poderia ser um modelo para qualquer sistema operacional. O gestor de arquivos Nemo atinge um equilíbrio notável entre a simplicidade visual do Nautilus do GNOME e a riqueza de funcionalidades avançadas do Dolphin do KDE, sendo incrivelmente prático com recursos como a coloração de pastas com um clique.
Em um ano onde o Zorin OS colheu os louros por atrair a migração em massa com um timing perfeito, o Linux Mint permaneceu inabalável. Ele não é necessariamente o “brinquedo mais brilhante da caixa”, mas é uma ferramenta na qual você pode confiar.Esse conteúdo é um corte do Diocast. Assista ao episódio completo onde conversamos sobre como 2025 está sendo um verdadeiro turbilhão de novidades, reviravoltas e pequenas revoluções que mexeram profundamente com o nosso dia a dia digital!