ParrotOS 7.0 abandona a interface MATE

ParrotOS 7.0 abandona a interface MATE

O ParrotOS, um dos pilares do hacking ético, acaba de dar seu salto mais ambicioso em uma década de projeto. A versão 7.0, codinome Echo, deixa para trás o conhecido ambiente MATE e abraça o KDE Plasma 6 como sua nova interface padrão, rodando nativamente sobre Wayland, tendo como base o Debian 13 “Trixie”.

A revolução começa por dentro

A mudança para o KDE Plasma 6 (versão 6.3.6) é a mais visível, a equipe do Parrot realizou diversas customizações para garantir que, mesmo sendo rico em recursos, o Plasma mantenha o perfil leve e eficiente que é uma marca do Parrot, permanecendo adequado até para hardwares mais antigos.

Com uma nova identidade visual, empacotada no echo-themes, o Parrot expande o verde do terminal para todo o sistema, criando uma experiência visual coesa e imersiva no estilo “hacker”. A isso, se somam a um workflow mais rico, com componentes como o alternador de tarefas, o KRunner, e um melhor suporte a monitores HiDPI/4K.

ParrotOS 7.0 abandona a interface MATE (1)
Imagem: ParrotOS

Sob o capô, a versão 7.0 é praticamente um sistema novo. O pacote parrot-core foi completamente reescrito para trabalhar com os arquivos de configuração em texto simples do KDE, abandonando o banco de dados dconf usado pelo MATE.

Outras otimizações incluem a montagem automática do diretório /tmp como tmpfs na RAM, aumentando o desempenho de operações que usam arquivos temporários e reduzindo o desgaste de SSDs. Até a saída do gerenciador de pacotes APT foi reformulada para ser mais legível, com cores, colunas alinhadas e uma indicação mais clara de dependências faltantes.

IA no arsenal

Como esperado de uma distro de segurança, o arsenal de ferramentas foi amplamente atualizado. A versão 7.0 apresenta uma série de novos utilitários, como:

  • convoC2: Uma ferramenta focada em explorar o Microsoft Teams;
  • evil-winrm-py: Para a execução de comandos em máquinas Windows remotas;
  • autorecon: Uma ferramenta de reconhecimento de rede multi-thread.

Mas a grande novidade é a introdução de uma categoria dedicada a Inteligência Artificial. O Parrot 7.0 estreia esta seção com o Hexstrike AI, orientada ao desenvolvimento e integração de ferramentas para avaliar e garantir a segurança de prompts de LLMs e tecnologias relacionadas.

ParrotOS 7.0 abandona a interface MATE (2)
Imagem: ParrotOS

Além de todas as novidades, com este lançamento ela é a primeira distribuição de pentest a oferecer suporte oficial à arquitetura RISC-V, fornecendo um sistema de arquivos root pré-montado e compilações nativas.

Instale agora

O ParrotOS 7.0 está disponível para download no site oficial, oferecendo principalmente duas edições:

  • Security Edition: O sistema completo para testes de penetração e operações de Red Team, com todo o arsenal de ferramentas pré-instalado;
  • Home Edition: Uma versão para uso geral, desenvolvimento e privacidade, sem o conjunto pesado de ferramentas de pentest, permitindo uma instalação personalizada.

Devido à magnitude das mudanças, a equipe do Parrot recomenda uma instalação limpa para a maioria dos usuários. Sistemas que forem atualizados do ParrotOS 6.4 manterão o ambiente MATE por padrão; a migração para o KDE Plasma 6 exigirá intervenção manual para configurar os novos arquivos.

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